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Mais importante do que acelerar é... parar

  • Foto do escritor: Vasconcelos Motors
    Vasconcelos Motors
  • 10 de jan. de 2019
  • 3 min de leitura

Quando um veículo, com uma tonelada e meia, está em movimento, desenvolve uma energia cinética muito significativa, que pode multiplicar várias vezes a sua massa.


Estas noções abstratas não significam muito, mas podemos perceber o seu impacto, ao ver imagens de acidentes em que os veículos ficam totalmente destruídos. Assim sendo, a possibilidade do condutor poder reduzir a velocidade do automóvel que conduz, em pouco tempo e numa distância curta, é fundamental para a segurança de condução.

O sistema de freios tem essa função vital, transformando a energia cinética acumulada no veículo em calor, através do contato de materiais de fricção colocados nas rodas.



Como estamos perante forças muito consideráveis, a força física do condutor não seria suficiente para deter rapidamente o veículo. Deste modo, criou-se um circuito hidráulico, com uma bomba central de freios e cilindros em cada roda, que permitem reduzir o esforço de travagem e reparti-lo equilibradamente entre as quatro rodas.


De fato, quando o veículo para, a massa deste é transferida para a parte dianteira, onde é necessário maior poder de frenagem. Em contrapartida, o eixo traseiro levanta e a pressão sobre as rodas diminui, sendo necessário diminuir a força de frenagem, para que as rodas não se travem, o que diminui enormemente o poder de frenagem e o efeito direcional dos pneus.


Adicionalmente, o circuito hidráulico tem um servofreio e outros dispositivos que permitem aumentar a pressão do fluido de freio, para o mesmo esforço aplicado pelo condutor no pedal. A partir dum certo momento, a performance dos veículos, que ficam mais leves a alta velocidade, devido à pressão aerodinâmica de baixo para cima, por um lado, e a capacidade de assistência do sistema de travões, por outro lado, tornaram o risco de bloqueio das rodas mais frequente.


Surge assim o ABS, um sistema de gestão eletrônica da pressão do fluido de freios, que alivia a pressão de frenagem, sempre que a roda revela tendência para parar, o que é reconhecido por um sensor de rotação da roda, montado no respetivo cubo.




Os discos de freios estão concebidos para se afinarem automaticamente, em função do desgaste dos materiais, mas o curso do pedal de freio aumenta, porque a bomba tem de injetar mais óleo nas pinças, para obter o mesmo efeito de frenagem.

Se o metal da placa de apoio da pastilha entrar em contato com o disco, danifica e obriga à sua retificação ou substituição, dependendo dos danos.


A retificação do disco de freio tem um limite máximo, pois a partir daí a massa do disco deixa de suportar a carga térmica do esforço de travagem e pode partir-se. Além dos estilos de condução muito agressivos, podem deteriorar-se devido a aquecimentos, assim como após a entrada de objetos estranhos entre a pastilha e o disco (pedras, fragmentos metálicos).


A presença de fluídos, óleos também inutiliza as pastilhas, pois não é fácil limpá-las. O calor talvez eliminasse o óleo, mas há o risco de alterar as propriedades da pastilha, devendo substituir-se, por segurança.


Outro ponto importante da manutenção preventiva dos freios é a substituição do fluido de travagem e a limpeza do respetivo circuito. As impurezas acumuladas no interior do circuito podem prender os êmbolos das pinças, o que provoca o desgaste prematuro dos materiais de fricção, aumento do consumo de combustível e desequilíbrios durante a frenagem.




Nas unidades hidráulicas do sistema ABS, os detritos existentes no fluido de freio entopem os finos tubos de circulação, obrigando à limpeza ou substituição da peça.

Em qualquer dos casos, o fluido deve ser o especificado pelo construtor, pois existem vários níveis do ponto de ebulição do fluido.


Se isso ocorrer, formam-se bolhas de ar no interior do circuito e os freios deixam de atuar. Outro problema com os fluidos de freio é a sua elevada capacidade de absorver a umidade atmosférica. Como a água ferve a 100º C, o risco dos travões deixarem de funcionar passa a ser constante.


Dependendo do grau de intensidade de utilização do automóvel, o fluido de freio deve mudado todos os 12, 18 ou 24 meses. Existem aparelhos que testam o fluido de freio no reservatório, sendo possível avaliar o seu estado imediatamente.

 
 
 

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