A importância do sistema de arrefecimento do motor
- Vasconcelos Motors
- 10 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Você sabia? Os motores de combustão apenas conseguem transformar mais ou menos 60% da energia potencial química existente no combustível em potência disponível nas rodas, sendo o restante eliminado sob a forma de calor.

O sistema de arrefecimento do motor é uma bomba de calor, que faz circular um fluido à base de água (o líquido com maior potencial de absorção térmica à pressão atmosférica) entre o motor, onde existem cavidades distribuídas em torno dos cilindros e da câmara de combustão (cabeça do motor) e o radiador (permutador de calor), onde o calor é dissipado para a atmosfera.
Para acelerar as trocas de calor entre o radiador e o meio ambiente, a passagem do ar é forçada através do radiador por um ventilador, o que é indispensável, principalmente quando o veículo se desloca a baixa velocidade ou está parado.

Os elos mais fracos do sistema de arrefecimento do motor são a bomba de água e os tubos de ligação do motor ao radiador, por um lado, e ao sistema de aquecimento do habitáculo, por outro. Além disso, existe um reservatório de expansão anexo ao circuito de arrefecimento, que recebe o excesso fluido causado pela dilatação da água ao aquecer, servindo também para controlar o nível do fluido no sistema.
Estas ligações flexíveis são necessárias, porque o motor sofre vibrações e oscilações, que não poderiam ser transmitidas à carroçaria, à qual está preso o radiador. Os tubos são por isso fabricados à base de borracha, que assegura a necessária elasticidade.
Neste contexto, os principais cuidados de manutenção consistem em manter o nível do fluido, assegurar a tensão da correia da bomba de água e do ventilador (no caso deste não ser elétrico), assim como verificar que não existem fugas através dos tubos e das suas ligações.
A bomba de água trabalha, permanentemente, com o motor em funcionamento e está sujeita a desgaste elevado. Esse desgaste é agravado, se o fluido não for regularmente substituído e o circuito lavado, sendo acrescentado novo fluido com a proporção correta de aditivo.
Outro inimigo da bomba de água é a tensão excessiva da correia, ou o incorreto assentamento desta na respetiva polia. Isto faz com que o rolamento da bomba ganhe folga, inutilizando a peça. Por outro lado, se o circuito não estiver com o nível correto, que assegura a pressão e a temperatura especificada do fluido de arrefecimento, ou a mistura do anti congelante for aleatória, formam-se bolhas de ar no circuito (cavitação), que também aceleram o desgaste da bomba de água.
A bomba de água deve ser substituída no período recomendado pelo fabricante, ou juntamente com a respetiva correia de acionamento em média de 60.000 a 90.000km.
A montagem de bombas não especificadas de qualidade inferior e erros de montagem (vedantes danificados, binários de aperto incorretos, etc.) pode provocar avarias graves no motor, dando origem a reparações de elevado custo.
Os tubos de ligação podem deteriorar-se com o calor, devendo ser substituídos sempre que apresentem fugas ou consistência fora do normal. As ligações devem estar sempre bem apertadas (binário especificado) e as abraçadeiras devem ser substituídas quando deixam de dar aperto, ou quando as mangueiras são trocadas.
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